Dos vestidos de festa para a produção de leite em Mirassol d’Oeste. Uma carreira de sucesso de 25 anos que vê hoje os primeiros os de um novo sonho a ser trilhado e ganhar novos rumos através do novo programa do Senar Mato Grosso: a ATeG Inseminação. 5a5i2s
Assim é a história da ex-costureira Lusimar Ramos da Silva, proprietária da Estância Bom Fluído. Um sítio de aproximadamente 24 hectares que chegou em 2019 à vida da produtora.
Lusimar conta que atendia às suas clientes em Mirassol d’Oeste no ateliê que possuía em casa. A rotina que começava cedo não tinha hora para acabar tamanho era o sucesso das suas costuras.
“Que quando eu vim para o sítio eu tive que mudar o número do meu celular para não me desfazer de ninguém. Eu levantava cedo e ia para a máquina. Às vezes costurava até uma hora da manhã e não conseguia atender o pessoal que era para atender. Mas, graças a Deus fiquei com um legado”, comenta a produtora ao programa Senar Transforma desta semana.
A decisão pela mudança de atividade foi por querer “mais tranquilidade”, uma vez que a sua casa estava sempre cheia. Diante da decisão, as casas que possuía na cidade foram vendidas e o sítio adquirido e as agulhas, linhas e máquina de costura deram lugar à produção de leite. Atividade essa, por sinal, totalmente desconhecida para ela.
“Entrei com a cara e a coragem. Eu morria de medo de um lugar onde tinha vaca. Fui me acostumando, as vacas se acostumando comigo e hoje estou aqui. Mas, foi uma luta”, diz.
Mudanças que chegam com o conhecimento 15tt
O reforço para enfrentar o desafio da nova atividade veio com a inclusão do sítio na lista de propriedades atendidas pelo programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Bovinocultura de Leite do Senar Mato Grosso, que fornece auxílio técnico e gerencial aos produtores em visitas mensais ao longo de três anos.
Os atendimentos tiveram início há pouco mais de dois anos. Conforme a técnica de campo, Gisele Zavariz Brito, um dos grandes gargalos observados na propriedade quando chegou era a falta de manejo de pasto, que não existia.
Além da questão em torno da pastagem, foi observado um alto custo com a compra de silagem de milho. Outro diagnóstico feito e que teve um plano de ação colocado em prática foi quanto a divisão de lotes por idade e período de lactação.
“Eu cheguei aqui o leite estava em torno de 300 litros e essas vacas não estavam mostrando potencial produtivo, porque elas comiam todas juntas. E aí quando dividimos o lote, nós tivemos um aumento para 500 litros de leite, para mais”, destaca Gisele.
Outra oportunidade de melhoria estava nos índices reprodutivos do rebanho que deixavam a desejar, pois muitas vacas ficavam vazias.
À reportagem do Canal Rural Mato Grosso, a médica veterinária conta ter conservado com a produtora sobre a necessidade de as vacas não ficarem tanto tempo vazias e que incluiria o sítio no novo projeto de inseminação do Senar Mato Grosso.
“Para que você tenha uma maior lucratividade no rebanho, você tem que ter vaca parida todo o mês”, frisa a especialista.
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