A juíza Lilian Moreno Cuéllar, que na semana ada anulou o mandado de prisão contra Evo Morales, foi presa na manhã desta segunda-feira na rodovia La Guardia, em Santa Cruz, e levada ao Aeroporto Viru Viru para ser transferida para La Paz. O ex-presidente boliviano é investigado pelo caso de suposto tráfico de pessoas agravado contra menor de 15 anos. 2y1i1z
(foto reprodução)
De acordo com o advogado da juíza, Silvestre Ibáñez, a prisão “é ilegal e arbitrária” porque não há fundamento legal ou jurídico que sustente tal ação. Ele relatou que não recebeu nenhuma notificação oficial nem teve o ao documento de prisão. Também não conseguiu se comunicar diretamente com sua cliente.
prisão ocorreu quando a juíza conduzia seu veículo pelo quilômetro 14 da rodovia em direção a La Guardia. O ministro da Justiça, César Siles, confirmou que um processo criminal foi aberto contra a magistrada pelos crimes de prevaricação e desobediência às resoluções constitucionais, após sua recente decisão judicial a favor de Evo Morales. A medida foi posteriormente anulada por um juiz em La Paz.
Entenda o caso
Lilian Moreno causou polêmica em 30 de abril ao emitir uma decisão que anulou as acusações contra Morales e transferiu o caso de La Paz para um tribunal em Villa Tunari, Cochabamba. A decisão foi anulada dias depois pelo juiz Franz Zabaleta, que restabeleceu o mandado de prisão contra o ex-presidente.
Moreno enfrentará processos criminais e disciplinares pelos crimes de prevaricação e desobediência às resoluções constitucionais, de acordo com o ministro da Justiça, César Siles.
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Segundo a Promotoria, o ex-presidente Evo Morales manteve, em 2015, uma relação com uma adolescente de 15 anos, com quem teve uma filha um ano depois. O ex-mandatário foi investigado em 2019 por esse mesmo caso, enquadrado no crime de estupro, que envolve conjunção carnal com menores de idade.
No ano ado, a Promotoria retomou o processo e indiciou Morales por suposto tráfico de pessoas. A acusação sustenta que Morales teria oferecido benefícios aos pais em troca de sua filha, que, à época, fazia parte da "guarda juvenil" do então partido de Evo Morales.
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