Uma grave denúncia aponta para um esquema de pesca ilegal que ameaça os cardumes que retornam da Piracema (desova) no Rio Paraguai, na região de Cáceres, (a 210 km de Cuiabá). Segundo fontes, a prática criminosa envolve pescadores ilegais, proprietários de ranchos e, o que é mais alarmante, agentes públicos. 133t6u
A ação ocorre na região do Tarumã-mã, nas áreas conhecidas como Paulo Gaúcho e Jaó, onde os cardumes se concentram durante a Lufada (pós-reprodução). Os pescadores ilegais estariam utilizando drones e equipamentos proibidos para monitorar e capturar os peixes, com o apoio de proprietários de ranchos localizados nas margens do rio, em um trecho estratégico onde ele se afunila entre duas serras.
A denúncia, que chegou à redação, revela ainda que agentes públicos estariam em conluio com os criminosos, utilizando suas identificações e armas para intimidar e dizimar os cardumes. A situação, segundo os denunciantes, é tão grave que exige uma ação imediata da Polícia Federal e da Força Nacional, com o apoio de mandados judiciais, para inspecionar os freezers dos ranchos, onde supostamente estariam armazenadas toneladas de peixes capturados ilegalmente, além de caças de aves e animais silvestres.
“Os policiais civis e militares não estão apenas pescando ilegalmente, mas também dando cobertura aos infratores”, afirma um dos denunciantes, que pede anonimato por medo de represálias.
Os signatários da denúncia apelam às autoridades para que realizem uma investigação rigorosa nas corporações públicas e estabeleçam um cinturão de proteção para salvar os cardumes. Eles destacam que o esquema envolve não apenas praças e policiais de baixa patente, mas também oficiais, delegados e membros do Poder Judiciário de Mato Grosso.
A reportagem tentou contato com as autoridades citadas na denúncia, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto para que os envolvidos possam apresentar suas versões dos fatos.
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