Agora, a culpa é do caseiro. Quem mandou cevar a onça? Ou, quem sabe, a onça ingrata, simplesmente escrava do seu selvagem instinto, esqueceu o velho costume do lanche, devorando seu "benfeitor"? 154l6p
Antes de mais nada, há que estar provado o costume da alegada ceva pelo caseiro.
Entretanto, fico com o velho adágio: "atirou no que viu e acertou no que não viu". Nem ceva, nem fome, mas o esquecido instinto animal e sua lucrativa e exacerbada proliferação.
Tudo fica longe das nossas autoridades quando o assunto é Pantanal. Fica tão longe que, após alguns dias, tudo estará esquecido.
A bem da verdade, a maioria dos casos não são levados a público. Onças comendo animais domésticos; onças invadindo moradias; onças atacando peões em serviço; onças devorando ou ferindo gente. Isso tudo só se vê na Internet e, raramente, nos meios de comunicação (tv, jornal, etc).
Mas, não adianta "tapar o sol com peneira", e aqui faço uso de mais um ditado popular. A questão é muito mais grave do que aquilo que pretendem apresentar ao público. A verdade é que nos submetemos às regras do ambientalismo empresarial, que chegou com força ao Brasil.
Aqui, no Pantanal, muita gente está ganhando rios de dinheiro (ou pretendendo) em detrimento dos costumes e da história desta gente cada vez mais acuada e em vias de deixar os seus lares por absoluta covardia e conivência dos nossos legisladores e governantes com essa realidade.
Não é preciso ser profeta para anunciar futuras vítimas de onças, no campo e na cidade. Chega a ser indecente a atitude daqueles que negam a super população de onças e o seu necessário e urgente controle. Todos os países civilizados fazem o controle das espécies na natureza, inclusive, aqueles que interferem em nossas legislações. Aqui, é um tabu muito lucrativo para alguns. Dólares sustentam essa hipocrisia ambientalista.
O turismo de caça, que enriquece muita gente mundo afora, poderia ser um método de controle e de renda para as famílias da planície. Em vários lugares do mundo o Estado desempenha esse papel e mesmo em alguns casos paga ao cidadão para promover o equilíbrio na cadeia animal.
No Brasil, a hipocrisia lucrativa impede que o façamos.
Os políticos, ou são próximos aos interessados na "momentânea" proibição da caça, ou se acovardam perante a desinformada opinião pública que, por evidente lavagem cerebral (vejam as opiniões na internet), poderá negar-lhes o imprescindível voto que os mantém no poder.
Mas tudo isso se deve por ser a nossa legislação de caça a mais atrasada, confusa, hipócrita e entreguista do planeta.
Comentários: 376z38